Interior da Casa-Chefe-RJ Sede construída por Antonio Cottas |
Chegando Antônio
Cottas ao Racionalismo Cristão em 1918, aos 25 anos de idade, Luiz de Mattos,
ao conhecê-lo, pressentiu que tinha diante de si aquele que deveria dar
continuidade à sua Obra.
Desde 1926, em razão de nomeação feita pelo grande codificador da Doutrina, Antônio Cottas assumiu a Presidência do Racionalismo Cristão, e, por 57 longos anos, correspondeu amplamente às expectativas do Mestre Luiz de Mattos, batalhando infatigavelmente para lograr, como assim realizou, a consolidação dos fundamentos da Doutrina e do suporte financeiro que assegurou a independência do Centro Redentor como entidade civil estruturada para a consecução daquele grandioso objetivo.
Desde 1926, em razão de nomeação feita pelo grande codificador da Doutrina, Antônio Cottas assumiu a Presidência do Racionalismo Cristão, e, por 57 longos anos, correspondeu amplamente às expectativas do Mestre Luiz de Mattos, batalhando infatigavelmente para lograr, como assim realizou, a consolidação dos fundamentos da Doutrina e do suporte financeiro que assegurou a independência do Centro Redentor como entidade civil estruturada para a consecução daquele grandioso objetivo.
Aproveitava os momentos de folga no trabalho de caixeiro, como assim gostava de referir-se à sua primeira atividade, para estudar, já que não tinha condições para frequentar uma escola, adquirindo, dessa forma, os conhecimentos necessários para o seu crescimento intelectual. Tornou-se, por esse caminho – o mesmo que trilhara Luiz de Mattos –, um autodidata por excelência, e, com isso, cresceu intelectualmente, chegando ao sucesso no campo profissional a que se dedicou.
Na Presidência do
Racionalismo Cristão, alcançada por alto valor pessoal, pela dignidade,
honradez e pelo declarado espírito de renúncia aos objetivos de ordem material,
Antônio Cottas merecia a admiração de um número cada vez maior dos que se
honravam de privar da sua amizade.
Para não fugir à
regra da perseguição, fruto da inveja ou cobiça dos medíocres em relação àquele
que cresce na admiração de seus concidadãos de bem, Antônio Cottas, em razão de
sua atuação firme em favor dos objetivos do Racionalismo Cristão, do Centro
Redentor, foi vítima de pérfidos caluniadores, que o levaram às barras do
Tribunal de Segurança Nacional nos idos de 1943.
Esse lamentável
episódio mereceu então ampla divulgação na imprensa, e o jornal A Noite, do Rio
de Janeiro, em sua edição de 4 de dezembro de 1943, assim ao mesmo se referiu:
"Vítima de
uma campanha de descrédito e ataques de uma plêiade de dissidentes, Nascimento
Cottas viu seu nome enxovalhado, arrastando-se o processo instaurado rumo ao
Tribunal de Segurança Nacional, enquanto uma iníqua atitude levava os
descontentes a insuflarem desconfianças e a veicular contra o indigitado uma
série contínua de cartas anônimas e insultuosas.
Nascimento Cottas,
porém, sereno e confiante na Justiça da Terra, porque da espiritual não se
julgava devedor, aguardou tranquilo o pronunciamento do Egrégio Tribunal,
afastando-se da direção da casa que ficou entregue ao vice-presidente, Sr.
Roberto Dias Lopes.
Sobre o fato, o Capitão-de-Mar-e-Guerra
Oscar de Barros Cavalcanti proferiu discurso durante a solenidade promovida
pelos amigos de Antônio Cottas, conforme constante em Consagração da Verdade,
p. 57-58, obra editada pelo Centro Redentor (1943):
"A calúnia
vil e torpe, que não escolhe vítima, não escapou o nosso Presidente.
Há duas criaturas
a quem a calúnia não dá tréguas: ao homem de talento e ao homem virtuoso. Ter
talento é ter inimigos. Pensar, criar, doutrinar, enaltecer é fazer um mal sem
limites aos medíocres e desfibrados. A calúnia tem horror à virtude. Para os
desfibrados a virtude alheia é como uma chicotada que lhes abre lanhos nas
faces.
Homem extremamente
simples que era, na alma de Antônio Cottas não havia lugar para qualquer sorte
de vaidade, o que não impedia que se sentisse honrado em razão das numerosas
comendas com que foi agraciado, como o honorífico título de Comendador, em
relação ao qual fazia questão absoluta de não ser objeto do tratamento
correspondente. De uma coisa, no entanto, se envaidecia e era manifesta no
orgulho, que demonstrava, da cidadania brasileira, adquirida em razão de
oferecimento feito pelo Governo do Brasil, em 8 de agosto de 1939.
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